Mr. Confusion

Mr. Confusion

16 de dezembro de 2013

O perigo sou eu.

Eu sou um erro. Eu sou aquele machucado que não sara, aquela cicatriz que ainda dói. Eu sou aquele caco de vidro que cortou sua mão. Eu sou aquele sonho que não vai se tornar real. Eu sou aquele adeus que machucou mais que tudo. Eu sou aquela lembrança que tortura. Eu sou a insônia, o que te impede de dormir. Eu sou aquele não inesperado e aquele sim que veio na hora errada. Eu sou o atraso, o avesso. Eu sou aquela chuva que te fez ficar gripado. Eu sou aquela meia furada, aquela roupa rasgada. Eu sou a dúvida e a certeza. Eu sou o tudo e o nada. Eu sou aquele tênis apertado. Eu sou aquele amigo que te esqueceu, aquele amor que te trocou. Eu sou os pais que não te entendem. Eu sou a bagunça do teu quarto. Eu sou aquele cheiro forte que faz teu nariz arder. Eu sou aquele zumbido que faz teus ouvidos doerem. Eu sou as lágrimas escorrendo em teu rosto. Eu sou aquela dor de cabeça que não passa. Eu sou aquele calor insuportável, e aquele frio incessável. Eu sou aquela música ruim que fica na cabeça. Eu sou aquela comida vencida. Eu sou aquela droga que te mata por dentro. Eu sou aquela bebida que te deixa fora de si. Eu sou a saudade que te faz chorar. Eu sou a ilusão que te massacra. Eu sou a solidão dos teus dias. Eu sou aquela rotina chata. Eu sou aquela piada sem graça. Eu sou aquela música sem refrão. Eu sou aquele texto sem pé nem cabeça. Eu sou o quase. Eu sou o fim e o começo. Eu sou aquele soco na cara. Eu sou aquele dia que você não quer lembrar. Eu sou as piores memórias. Eu sou aquela ferida que te marcou pra sempre. Eu sou as promessas não cumpridas. Eu sou aquele desenho não acabado. Eu sou aquilo que ninguém quer ser. Eu sou uma bomba, a qualquer hora posso explodir. Eu sou aquela tv que estragou, eu sou seu celular novo que caiu e quebrou. Eu sou aquele acidente que deixou vários feridos. Eu sou a dor de perder alguém. Eu sou aquelas horas que não passam, aquele dia que não chega nunca. Eu sou aquilo que te causa enjoo. Eu sou um jogo impossível de completar. Eu sou aquela história sem fim. Eu sou a falta de confiança. Eu sou o dinheiro que você perdeu. Eu sou aquele abraço que tu nunca mais vai ganhar. Eu sou aquela mágua que corrói teu peito. Eu sou o que faz teu coração bater mais devagar. Eu sou a pedra que você tropeçou. Eu sou um programa irritante. Eu sou um lugar vazio. Eu sou aquele livro esquecido. Eu sou aquele espelho quebrado. Eu sou teus 7 anos de azar. Eu sou aquele chiclete que grudou embaixo do teu sapato. Eu sou aquela prova que você não passou. Eu sou a decepção. Eu sou tudo que te faz mal, que te machuca, tudo o que você não queria ter sentido nem vivido. Eu sou o mal e as vezes o bem. Eu sou o talvez. Eu sou aquele zé ninguém. Eu sou uma foto perdida. Eu sou a gasolina que acabou, o carro que pifou no meio do caminho. Eu sou aquele vírus no seu computador. Eu sou aquela papel amaçado. Eu sou uma embalagem jogada fora. Eu sou aquela porta fechada. Eu sou aquela mente entupida de palavras. Eu sou aquela criança que não cresceu. Eu sou aquele adulto infantil. Eu sou aquele idoso de 16 anos. Eu sou o "talvez um dia". Eu sou aquele corte de cabelo que você odiou. Eu sou aquela roupa que ficou ridícula. Eu sou aquela mentira que te feriu, e aquela verdade ruim. Eu sou um rótulo que te deram. Eu sou o preconceito com o seu jeito. Eu sou aquela mensagem que não chegou, aquela chamada não atendida. Eu sou um desastre. Mantenha distância!

21 de novembro de 2013

Erro.

Eu sou um erro. Tá, isso ficou clichê. Mas é a verdade, eu nasci pra dar errado, pra ser o estrago. E não tem como arrumar uma coisa dessas. Uma máquina inteira com defeito. Um projeto pela metade, uma folha amassada, um pedaço de nada atirado em um canto. Eu não me preocupo em fazer o certo, pois sei que o resultado será um caos, assim como eu. Aquela lágrima que caiu em seu peito e lá ficou, essa sou eu. Um erro. Algo que não era pra ter acontecido, mas aconteceu e deu errado. Um simples fracasso, um nada, um grande desastre. Aquilo que ninguém quer, complicado demais, cheio de detalhes e coisas fora do lugar, esse sou.

19 de outubro de 2013

Dias iguais, incertezas e medos.

Eu to cansada dessa rotina, cansada de fazer as mesmas coisas sempre. Tudo igual, nenhuma novidade. Em dias nublados da vontade se matar. Em dias de chuva, só quero me afogar em lágrimas. Depressão de começo de mês, de meio e fim também. Não que eu não goste da minha vida, eu gosto. O que eu não gosto é dessa mesmice. As vezes da vontade de sair sem rumo ou fazer alguma loucura, só pra dar um pouco mais de graça a essa vida. Colocar a cabeça no travesseiro e imaginar um monte de coisas é bom, mas seria melhor vive-las. E essa coisa que me tira o sono? Essa dor que não passa? E esse clichê dos meus dias? Tenho um milhão de dúvidas: "Será que vou realizar todos os meus sonhos?" "Será que vai chegar a minha vez?" "Quando eu vou poder dizer ''finalmente''?" Aquela dor de não ter certeza de nada, de sentir demais e esquecer de menos. Tristeza é chegar no fim do dia e tirar a conclusão que foi só mais um dia normal, que não fez nada extraordinário. Quando se é criança tudo é incrível, se enxerga o mundo como um lugar perfeito, e os adultos/adolescentes como os seres mais felizes da Terra. Mas não é bem assim, a gente cresce e descobre que a vida não é fácil. Existe aquele medo de não ser um bom filho, aquele medo de perder os amigos pra pessoas melhores, e aquele medo de perder algum ídolo pra uma droga qualquer. O peito pesa só de pensar que os dias vão seguir iguais, e eu vou ser só mais um nada em meio a multidão. Mais um poema sem rima. Mais uma frase sem pé nem cabeça. Mais uma música sem refrão.

23 de setembro de 2013

Cicatrizes da Saudade.

Eram três e quinze da manhã e eu precisava desabafar. Peguei um café bem forte e sentei no sofá. Eu não queria mais dormir, e também, nem conseguiria. Minha cabeça estava longe, minha alma pesava.
O que estava acontecendo comigo? Será que tem cura?
Sentia o coração bater forte, uma angustia no peito fez uma lágrima cair. Coloquei algumas músicas pra tocar, e no meio das letras a causa dos meus sintomas cantou: "[...]eu bebi saudade a semana inteira.." Porra, era isso. A saudade era tanta que virou doença, a saudade era tão grande que ficou sólida, martelou o peito. Abri a janela do meu quarto e falei com a lua, seu brilho intenso só me  deixou pior. Tentei voltar a dormir, logo que fechei os olhos vi seu rosto, teu cheiro invadiu meu quarto, tua risada ficou nos meus ouvidos por horas. Quando menos percebi, adormeci chorando. Saudade machuca, e a ferida é grande. Cicatrizes de um amor que eu nem cheguei a ter.

10 de setembro de 2013

Um pouco de você, em mim

Sabe quando a fixa não cai? Então. Ainda to digerindo o fato de você ter se afastado (de novo). Não nascemos pra dar certo, nem pra ficar longe um do outro. Eu não consigo amar outra pessoa, já você.. bom, deixa pra lá. Ouço algumas músicas e encontro nelas palavras que eu deveria ter dito, tarde demais pra isso. Quando tá frio é do calor do teu abraço que eu preciso, burrice. Os pedaços do meu coração atirados em um canto formam teu nome. Porra guri, que feitiço tu jogou em mim? Olha pro céu, tá vendo essas estrelas? Meus olhos brilhavam assim quando eu te encontrava. Saudade. É isso que me destrói. As coisas que ouvi de ti fizeram morada em mim. Queria que esse sentimento fosse morto. Pena que não da pra trocar de pele, sair desse corpo.
Ó meu bem, por que me deixou assim? Caída no chão, tentando entender o fim.

21 de agosto de 2013

A gente se vê..

O nosso tempo já passou, não adianta querer reviver algo que já morreu mais de uma vez. Eu continuo o meu caminho, tentando viver a minha vida. Tapando os ematomas que você deixou em mim. E tu? Tu eu quero mais é que suma. Mentira. Tu, eu quero que seja muito feliz, e me largue de mão. O sentimento não acabou, mas com o passar dos dias a gente deixa de lado.
E se um dia o teu olhar cruzar com o meu de novo, ai a gente vê..

Eu, TU, nós.

Se afastou pra caralho né? No fundo eu te entendo. Até eu me abandonaria se isso fosse possível. Sou complicada demais, não tem como me entender. Tu até que tentou, mas não foi o suficiente. Tem pavil curto e um orgulho gigante não é? Sei bem. Desculpa por ser tão complicada, mas tu também é fresco demais cara.
Eu sinto um pouco de raiva misturada com um "eu já sabia".
Raiva pra caralho por tu ter se afastado do nada, sem antes ter falado comigo, e me explicado o verdadeiro motivo. Mas não, tu só sumiu e nem disse o por quê. Me fez ficar pensando em mil e uma coisas que eu possa ter feito..
Mas "eu já sabia" que uma hora tu ia desistir de mim, só não sabia que seria agora. Justo agora, depois de tanta coisa que tu me disse. Depois de tantas histórias que tu me contou e me fez rir, depois de tantos abraços.
Eu sabia que tu ia se afastar, só não queria que fosse agora. Justo no momento em que eu mais precisava dos teus abraços, de ouvir a tua voz.
Mas tudo bem, vai viver a tua vida. Só não volta mais tá? Dessa vez eu quero me recuperar por inteira.
E esses olhares que a gente troca, ah, esses tudo bem, eu ainda quero eles, e tu também. Pelo menos é o que parece.
Foi bom te ter de novo, te perder de novo tá sendo difícil, mas vai passar.
Ou talvez a nossa história foi escrita pra ser assim, em alguns meses a gente tá bem, em outros se afasta e tenta se recuperar do efeito que um provocou no outro. E tenta esquecer. Alguns meses depois começa tudo de novo.
Dói, mas é bom. Machuca, mas faz bem. Me mata, mas me fortalece.
Não importa o que aconteça, sempre que eu ver um casal eu vou lembrar de nós, sempre que eu ouvir aquelas músicas que a gente gostava eu vou lembrar de nós, sempre que me perguntarem sobre amor, a primeira coisa que virá na minha cabeça será: TU.